SERASA – Inadimplência com escolas e universidades tem alta de 22,6%

Publicado em 26/12/2018
SERASA – Inadimplência com escolas e universidades tem alta de 22,6%

Estudo inédito desenvolvido pela área de big data e pelos economistas da Serasa Experian aponta crescimento de 22,6% na inadimplência dos alunos com instituições de ensino fundamental, médio e superior de todo o Brasil. No primeiro semestre de 2014, comparado a 2013, a inadimplência nas escolas havia apresentado queda de 1,3%. Se levarmos em conta apenas as contas em atraso com escolas de ensino fundamental e médio, o aumento no primeiro semestre foi ainda maior: 25,9%. No primeiro semestre de 2014, comparado a 2013, a inadimplência nas escolas havia apresentado queda de 10,7%. Já nas universidades, o crescimento da inadimplência dos alunos foi de 22,4% no primeiro semestre de 2015. No mesmo período de 2014, em comparação com o primeiro semestre de 2013, houve ligeira queda de 0,9%. Os crescimentos da inadimplência dos estudantes com instituições de ensino são superiores aos apresentados pelo Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, que encerrou o primeiro semestre de 2015 com crescimento de 16,4%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esta foi a maior alta nesta relação desde 2012, quando o índice registrou elevação de 19,1%. Segundo os economistas da Serasa Experian, o aumento da inadimplência com escolas em 2015 teve como causa o cenário econômico bastante adverso à quitação das dívidas do consumidor: taxas de inflação, de juros e de desemprego bem mais altas neste ano de 2015.

Instituições de ensino inadimplentes
O movimento de crescimento da inadimplência dos alunos com as instituições de ensino no primeiro semestre teve impacto nas contas das escolas, que também ficaram inadimplentes. O Estudo apontou que a inadimplência das escolas aumentou 26,7% no período, em comparação com o primeiro semestre de 2014. Ou seja: com aumento da inadimplência dos alunos, as escolas também passaram a atrasar as suas contas com seus fornecedores. Levando em conta apenas as escolas de ensino fundamental e médio, a situação ficou ainda pior. A inadimplência dessas instituições de ensino aumentou 27,2% nos primeiros seis meses de 2015 em relação ao mesmo período de 2014. O crescimento da inadimplência das universidades no mesmo período foi de 25,3%.

A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as contratações com recursos livres e direcionados, atingiu 29,3% a.a. em setembro, registrando aumentos de 0,3 p.p. no mês e de 5,5 p.p. em doze meses. No crédito livre, o custo médio situou-se em 46,2% a.a. (+0,8 p.p. no mês e 9,4 p.p. em doze meses), enquanto nas contratações com recursos direcionados recuou para 9,8% a.a. (-0,4 p.p. no mês; + 1,7 p.p. em doze meses). No segmento de pessoas físicas, a taxa média subiu 0,4 p.p. no mês e 6,4 p.p. em doze meses, atingindo 37,4% a.a. Nas contratações das famílias com recursos livres, a taxa média de juros aumentou 1,1 p.p., para 62,3% a.a, sobressaindo as elevações em cheque especial (+10,5 p.p.) e cartão de crédito rotativo (+10,8 p.p.). No crédito direcionado, o custo médio declinou 0,1 p.p. no mês, para 9,8% a.a. Nos empréstimos às empresas, a taxa média de juros situou-se em 20,4% a.a., mantendo estabilidade no mês e subindo 4 p.p. em doze meses. Nas operações com recursos livres, a taxa média aumentou 0,6 p.p. no mês, para 29,3% a.a., destacando-se as altas em capital de giro (+0,8 p.p.) e conta garantida (+1,3 p.p.). Nas contratações com recursos direcionados, a taxa atingiu 9,7% a.a., após redução de 0,8 p.p., determinada principalmente pelos financiamentos para investimentos do BNDES (-1 p.p.) O spread bancário no crédito total recuou 0,3 p.p. no mês e aumentou 3,1 p.p. em doze meses, situando-se em 18,5 p.p. Os indicadores relativos aos segmentos de pessoas físicas e jurídicas alcançaram 26,3 p.p. (-0,2 p.p.) e 9,9 p.p. (-0,6 p.p.), respectivamente. No crédito livre, o spread diminuiu 0,5 p.p., situando-se em 31,5 p.p., enquanto, no direcionado, recuou 0,3 p.p., para 3,4 p.p. A inadimplência das operações de crédito do sistema financeiro, referente a atrasos superiores a noventa dias, permaneceu estável no mês em 3,1%, observando crescimento de 0,2 p.p. em doze meses. As taxas de inadimplência também permaneceram estáveis nos créditos às famílias e às empresas (em 3,9% e 2,4%, respectivamente) e nos segmentos livre e direcionado (em 4,9% e 1,2%).

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